Goiânia-São Jorge 2015-5º Dia

Depois de toda aquela cisma do dia anterior, levantamos foi muuuuuito rápido e beeemmm de madrugadinha. Os despertadores (que estavam ligados para 5 horas) nem começaram a despertar e já tinha gente arrumando as coisas nas barracas. Nos despedimos do anfitrião e colocamos o pedal na estrada. 
Como a região já faz parte da Chapada dos Veadeiros, uma coisa era certa: belííííííssimas paisagens nos esperavam. O relato de hoje, então, vai ser mais por imagens do que por palavras!
Ali, os amigos novatos de primeira viagem ficaram totalmente deslumbrados com o que estavam vendo. O dia raiara com um pouco de neblina, fazendo o visual ficar digno de pinturas de quadro. 

Andamos alguns quilômetros e já chegamos no primeiro grande desafio do dia: a subida do Espinhaço do Chicão. Pista bem conhecida pelas pessoas da região. E dá-le força nos pedais para tentarmos zerar a subida. 

Como é de praxe, lá em cima, a recompensa foi certa. 

Tratamos logo de seguir adiante pois o segundo desafio do dia estava em frente: a famosa descida do Sr. Alfredo, em que teríamos de fazer empurrando as bikes desfiladeiro abaixo. Como da primeira vez, foi duríssimo. Cronometramos e foram mais de 1 hora e meia descendo. 

Lá em baixo, terminamos a fazenda do Sr. João, que infelizmente não estava mais pela região. 

Abastacemos as caramanholas e seguimos até o próximo povoado para podermos fazer nossa refeição.
No caminho, parada estratégica para “banhar no corgo”. 
Chegando na cidadezinha, topamos de cara com Sr. Irineu, que na viagem de 2013 havia nos acolhido extremamente bem. Ficou muuuuito feliz em nos ver e já exigiu: “-O Pouso hoje será, novamente, em minha casa!” – Ordem dada! Ordem cumprida! Aproveitamos para mandar umas caixinhas de cevada com ele na caminhonete para podermos desfrutar quando chegássemos. 
E depois de tanta força, o almoço foi top, com direito a sinuquinha e uma vista para lá de privilegiada!

Logo na saída, pegamos uma chuva torrencial. Muito forte mesmo. Com a barriga cheia, o ritmo foi lá pra baixo. Na primeira descida, Fernando Pombão trata de entrar numa vala muito grande e toma a primeira grande queda da viagem. Digna de ralado nas costas e braço. 
Chegamos ao Sr. Irineu e a recepção foi topíssima. 
Registra-se: o Jão deu um pau no Derúbio na chegadinha do Sr. Irineu. 
Subimos num alto e já tratamos logo de falarmos com as Seriemetes, dizendo que estava tudo bem. 
O causo do “alforge cismado”:

Depois de sairmos da pequena cidade onde havíamos almoçado, continuamos em região bem acidentada. Subimos e descemos muito. Determinado momento, Romar vira para nós e fala: “-Engraçado….tô me sentindo forte. Parece até que a bicicleta tá mais leve”. Nisso, vem outro Seriema lá de trás gritando: “Ouuuu Barrigudo! Olha pra trás!”
Olhamos.
E estavam todas as roupas e objetos dele espalhados pela trilha. 
O alforge havia rasgado e ninguém havia se dado conta. 
Não é hoje que o Romar estava, realmente, mais forte.