De Goiânia ao Lago das Brisas – lindas BARRIGUDAS!!!!

Cheinho mesmo!!!!
Muitas!!!
Maravilhosamente lindas!
E não tenho dúvidas! Estavam lá e sabiam que iríamos passar!
Nos aguardavam!
Umas mais barrigudinhas….outras beeeeeeeeeemmm barrigudonas!
Mas cada uma com sua beleza única desenhada cuidadosamente pela natureza!
CALMA SERIEMETES!
OLHEM SÓ A FOTO ABAIXO!
São ou não belas?

 E lá fomos nós…para mais uma latada das grandes. A caminho do Lago das Brisas saindo de Goiânia.

1º Dia

Zoião atrasado. Romar, que tinha ido de carona até o ponto de encontro, já estava fazendo biquinho de raivinha.
Era para termos saído 4 e pouco da manhã. Fomos sair quase 5.
O companheiro Raphael nos aguardava para nos acompanhar na primeira pernada até Hidrolândia.
Estávamos aguardando eu (Mudinho), Mandioca, Bocão e Sinhá.
Ajustes do GPS feitos e lá fomos nós!

Logo no raiar do sol, tivemos já nossas primeiras recompensas:

Logo ali, com poucos quilômetros de pedal, fomos todos tomados por um enorme sentimento de gratidão por termos a oportunidade de estarmos ali. Naquele local. Naquele momento. Desfrutando de algo tão acessível e simples. Mas de uma forma tão única e intensa, que faz com que nos sintamos mais grandiosos. Preenchidos…

Logo chegamos em Hidrolândia. Ali Raphael deu meia volta e o restante seguimos à primeira padaria que encontramos. Comemos uns bons baurus acompanhados de coca cola e café. 

Pausa para fotinha “a lá” Romar….

Mais alguns ajustes nas garupas, um pequeno conserto em uma corrente quebrada do Mandioca e já rumamos para o chão. 
E depois de uma boa parte plana pela manhã, começamos a nos deparar com algumas sinceras subidas:
O sol foi subindo…..E começamos a sentir a secura característica do Cerrado. 
As energias foram sendo minadas. O peso do alforge parecia ficar ainda maior. O “popô” começava a dar os primeiros sinais de cansaço para aqueles que, assim como eu, andou faltando os treinos nas últimas semanas. 
Como de praxe, havíamos combinado que dessa vez, faríamos até nosso almoço de forma autônoma. Tínhamos mantimentos e equipamentos (panela – e só!) para podermos fazer nossa própria comida. Paramos na beira de um “corgo”, nos hidratamos bastante e fizemos o rango.
Dizem que era um “bosteirinho”.
Eu prefiro acreditar que era um rio límpido!

Fogão “roots” de pedra
SIM! A gente sabe que a cor da água aqui pela foto não está lá muito convidativa. Mas quando se está por lá….. 
Obs.: e sim! todos estamos TODOS tomando vermífugo! kkk
Enquanto Élvio e Bocão preparavam a fogueira, já soltaram a observação:
“-Rapaziada….esquecemos de um pequeno detalhe: O SAL!”
Fazer o que, né? 
O jeito foi comer a macarronada com a água da sardinha e um resto de sal que havia se depositado ao fundo de uma embalagem de castanhas de caju. 
E posso falar com toda certeza, que ficou top!
TOP TOP mesmo foi quando eu e Zoião estávamos aguardando o rango em cima do barranco, passa um residente local de carro, puxa conversa conosco, acha muito “doido” esse negócio, diz que também pedala e nos presenteia com 4 latas de Bavaria geladinhas! 
Inacreditável presente!!!
Matulas arrumadas e dá-lhe chão! Sinhá já havia citado que a partir dali, iríamos subir bastante até Piracanjuba.
Parada estratégica em um vilarejo antes, onde comemos uma paçoca (farinha+carne seca) levada pelo Bocão e aproveitamos bons picolés caseiros feitos pela dona da mercearia. 
Ali na vendinha, Mandioca acabou se esquecendo do Camelbak.
Obviamente que não avisamos!
Coloquei dentro da camiseta e levei-o comigo até Piracanuba. 
Chegando lá, o menino desesperou. 
Saka só a foto minha guardando carinhosamente o Camelbak com o menino desesperado ao fundo:
“-Véi…eu vou lá na vendinha de mototaxi buscar meu Camelbak”
Muitas risadas e depois de devolvido, flagramos um atleta de ponta do Seriema fazendo uso de BOMBAS antes da partida! E o fato foi fotografado!
Flagrante de dopping! Tomando bomba!
A partir dali, a paisagem ficou um tanto mais monótona. Formada por grandes planícies com plantações de culturas diversas. Percurso de chão muito duro foi fazendo com que ficássemos ainda mais cansados….
Mesmo assim, vários locais insistiam em manterem a exuberância.
E sol ia baixando assim como nosso semblante. E a fadiga ia fazendo suas primeiras vítimas. 
Em conversa com um morador local, decidimos deixar a navegação pelo GPS de lado e seguimos as dicas (leia-se: latada!). 
O sol despediu-se.
E deu lugar a um inacreditável nascer do luar. Uma pena muuuuito grande que não estávamos com equipamento adequado para registrarmos o momento.
Ela estava tão forte que poderíamos até ter seguido sem farol noite adentro. 
Lâmpada natural
Havíamos planejado para chegarmos em Morrinhos perto das 18 horas. Chegamos quase 21. 
Eu e alguns outros completamente exaustos e fadigados!
O final do dia foi num interminável pedal de 20km pelo asfalto. A estrada não acabava NUNCA!
Sentamos no primeiro boteco que achamos. E fizemos uma das melhores jantinhas das nossas vidas!
Acabamos nos desencontrando com quem nos acolheria, de forma que chegamos ao local onde armaríamos nossas barracas quase 22:30, depois de um graaaande tour pela cidade! 
Descobrimos o significado REAL do nome da cidade: Morrinhos!
E a recepção…..bem…deixa pra lá!
Como fomos dormir era mais de meia noite, decidimos sair um pouco mais tarde no 2º dia. 
2º Dia:
E foi-se lá uma noite extremamente muito mal dormida com um monte de macho roncando (e falando que nem lunático) nas barradas do lado. 
Arrumamos a bagunça, montamos as garupas e fomos rumo à padaria e depois a um mercadinho para nos reabastecermos.
E dá-lhe mais barrigudas pelo caminho
Depois do começo da manhã, o terreno ficou topíssimo!
Muuuuitas montanhas! 
Mas com muitas paisagens que iam se revelando belíssimas! Sem contar a recepção dos moradores locais por onde passávamos.

Lá pelas 3 da tarde, resolvemos parar e fazermos nosso almoço. 
Como o pedal havia rendido bem, optamos por não cozinharmos nada. 
Fizemos uma “mistureba” de azeitona, atum e muuuita bolacha club social. 
Tudo isso feito sob esta sobrinha:
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Ali, refleti sobre uma conversa que tive com uma pessoa muito querida. 
Na verdade, de uma lição que espero carregar pela vida toda. Ela me contou que havia perguntado a um “guru” o por quê da humanidade se decepcionar tanto ao longo da vida. 
Ele foi firme, objetivo e enfático: 
“-Pois criamos excesso de expectativas. E isso limita as possibilidades de aproveitarmos o que há de melhor!”
E esta viagem me deu uma exata visão do que a lição tem a dizer. 
Em algumas outras oportunidades, encarei certos desafios deste, imaginando (esperando) que ocorressem coisas grandiosas e inimagináveis. 
E com isso, acabei cometendo o pecado de colocar antolhos nos meus olhos, limitando minha visão para as situações que estavam por vir. 
E justamente por ter tido tantas frustrações nos dias que antecederam a viagem, fui sem esperar nada dela. 
E de fato, foi uma das melhores cicloviagens que fiz!
Naquele momento, um sentimento de gratidão  cresceu muito, apenas pelo fato de poder estar ali com grandes pessoas e em um lugar tão único!!
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Pandu cheio, seguimos firmes rumo à ultima cidade da viagem: Buriti Alegre. 
E o caminho é extremamente tortuoso. 
Além de um bom trecho de singletrack, subimos muuuuuito! Muito mesmo! 
E o psicológico foi ficando abalado, já que começamos a ver a cidade beeemm antes dela realmente aparecer.
E a todo instante quando achávamos que chegaríamos na cidade, ainda havia mais e mais montanhas. 
Muitos de nós já começava a bater lata pela falta de alimento. 
Depois de um bocado de força, eis que começamos a comemorar a chegada, já que depois de Buriti Alegre, seria muuuuita descida!
E não era conversa fiada não. Descemos muito mesmo! Por quase 30km!

Chegamos ao Lago das Brisas já de noitinha e fomos recepcionados pelas Seriemetes Talita e Alessandra – Mudinha (kkKkK!)
Recepção nota mil, com direito a cerva/refri geladíssima e um banquete sem igual! 
Com direito a uma panelinha à parte para o fresco do Romar que não come cebola. 

Verdadeiro banquete!!!
E o restante do final de semana ainda foi regado à fantástica recepção dos amigos Rubens, Luciano e famílias, com passeio de lancha e batelão e muuuuito churrasco regado a um belíssimo por do sol e cerveja! Uma pena grande que nosso amigo Rubinho (filho) não conseguiu estar conosco.

Em resumo: foi topíiiiiiisssimo!!!!!!

E fica aqui agradecimento especial a todos que nos receberam tão bem por onde passamos e onde chegamos!
Por Gustavo Primo/Johni Bravo/Mudinho/CDC
Seriema Mtb Roots!

Bate e Volta PIRI 2016

Esse sim, o LEGÍTIMO Pedal de IDA e VOLTA a Pirenópolis/GO.

Muitos já fizeram o percurso de Goiânia a Pirenópolis, nós do Seriema Pedal já perdemos a conta (confirme), sem falar das passagens no Caminho a Vila de São Jorge (olhe).

Desta vez, em mais uma doidera Seriema, resolvemos de última hora a IR e VOLTAR pedalando.
No nosso estilo, o mais Off Road possível & Autônomo!!
Então fomos – Fernando, Nilson, Romar, Wellington e André!

Saímos da capital já quase às seis da manhã. Eu acordei pensando “To ficando velho pra essas coisas…”
Já de cara o Wellington mostra que o dia era pra tentar tirar o o Título de Rei do Furo, pertencente ao Thiago Cidão, em uma de nossas empreitas de Goiânia à Cidade de Goiás (verifique).
O povo ainda meio baleado e de pouca conversa, mas nada que o café da manhã não resolvesse.

Aí sim. Agora o povo acordou de fato e começaram as zoações de praxe.
Mais um furo na Wellington-bike.
Chegando em Campo Limpo começaram as negociações para o “protesto”, que foi seguido à risca pela turma do fundão – hehehehehehehe

Daí foi deitar o cabelo pra Interlândia, mas sem antes o Romar soltar a conhecida frase:
– Vamos entrar aqui, esse single-track vai cortar um pedaço legal do caminho
Quem nunca foi vítima dessas prosas do Romar que atire a primeira pedra.

No posto de gasolina iniciamos o aquecimento pro almoço com os produtos pra hidratação!
 

Mais um furo na Wellington-bike.
Estufados seguimos pelo batidão já com a vontade de ver a região do Gato. Putz, como tá bonito e punk aquela região!!

Daí ainda tivemos a satisfação de tomar uma água top na chácara do Wellington (outro Wellington) e também o momento em que André percebe que seu pedal estava com problema, faltando pouco mais que 8 km pra finalizarmos o dia.
Eis que então o Perfeição solta a pérola da trip:
– Vocês podem descer na frente, agora vou dar uma maneirada!

Fomos recebidos pra pouso na casa do grande amigo e ÍDOLO, Paulo Borges, o Paulete, que ainda foi nosso guia gastronômico da noite, após a farra de sempre.

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Acordamos… mais ou menos
Tivemos que esperar o dia raiar pra iniciarmos a VOLTA pra Goiânia.
Com um bom café da manhã, regrado ao famoso punhado de biscoito de queijo e mais ou menos 11 sanduíches, na Panificadora Patrícia ficamos em ponto de “partiu”. Rolou um bate papo  legal também sobre os roteiros do dia, com o Ricardo Paraguay.


O corpo ainda dolorido demorou a aceitar a ideia de passarmos tudo de novo, só que ao contrário. A expectativa era de que seria mais tranquilo.
Sem muita prosa seguimos pelo caminho batido pra Interlândia, até que no meio do trajeto cruzamos com a turma que saíra de Anápolis, capitaneada por Daniel Pereira. Foi doidera ver o tanto de bikers descendo enquanto subíamos.
Em certo ponto fomos parados pelo amigo Rafael Conde, também de Anápolis e registrou o encontro:


Interlândia de novo
Hidratação de novo
Rango top de novo
Estradão e sol de novo
Tudo sussa até a Descida (Subida) do Tatu, em Campo Limpo. Normal é encarar os 1,7 km duros subindo, na média dos seres normais, 20 minutos é a base pra concluir.
Descendo a coisa ficou foda!!!!!!!!!!!
Rapidinho o Pombão, Fernando, chegou ao seu final (início). Em apenas 1 minuto e 52 segundos. Tudo aromatizado com pastilha queimada.

Ainda bem que almoçamos em Interlândia, mesmo tendo sido mais cedo, pois em Campo Limpo deu trabalho até pra conseguir tomar um refrigerante gelado. Nada aberto no domingo a tarde.
Nesse momento o sol já estava a pino, castigando sem dó o lombo, bem diferente do sábado, quando fomos agraciados com tempo nublado a tarde toda.
Junto a isso, o tal do falso-plano castiga viu!!
E dá-lhe protesto


Seguimos nesse batidão até o findar da cicloviagem. O percurso de volta é mais chato, à medida que se aproxima de Goiânia.

Nos últimos quilômetros, recebemos a escolta do William Rodrigues, do site www.bikegiro.com.br, que nos acompanhou até a casa da Thayane, local de nossa resenha final.
Findado a presepada me recordo da madrugada do dia anterior e vejo que mesmo já tendo passado por muitas cicloviagens e percorridos incríveis lugares, sempre podemos ser surpreendidos, até nos locais mais conhecidos. Nunca estamos velhos pra isso!!