Cicloviagem Goiânia – Jaraguá – Goianésia 2013 – Nunca a mesma coisa…e sempre inesquecível
E é o fim de mais uma cicloviagem maluca dos Seriemas! Muita subida, muita desidratação, muito sol escaldante, muita assadura, muito pneu furado, mas muita, muuuuuuuuuuuita estória pra contar!

Partindo de Goiânia, nosso objetivo era a chácara do Fernando “Pombão”, nos arredores de Goianésia. A viagem foi feita em dois dias, com um pouso em Jaraguá. 
Mesmo não sendo a primeira vez desse percurso, era evidente a ansiedade de todos ao longo da semana que antecedeu a viagem.
E destaca-se que fazemos sempre respeitando grandes premissas do grupo: offroad, autônoma e interagindo e respeitando o máximo possível com os habitantes por onde passamos!!!
Primeiro dia: 



Horário marcado para saída: 4 horas da manhã do posto Z+Z em frente ao Mcdonalds, em Goiânia. Era unânime: quase ninguém conseguiu pregar o olho antes da viagem. 
Foi engraçado sair para pedalar enquanto a galera estava voltando das baladas (inclusive, tomamos muito cuidado com os bêbados de plantão). Havia muita gente mexendo conosco. Seja curtindo com o shortinho apertado, seja dando força pelo fato estarmos ali, naquele horário, saindo para pedalar. De uma forma ou de outra, chamávamos a atenção. 
Lá no posto, haviam algumas pessoas sentadas na loja de conveniência tomando mais alguns goles. Fomos indagados por sobre o nosso objetivo. Os olhares diante da nossa resposta foi quase em coro: “Vocês estão de brincadeira….”
Todos juntos, partimos cortando Goiânia adentro: Eu (Gustavo-Johny Bravo- Mudim), Romar, Auriam, Andrézinho Perfect, Nilsinho Braz, Fernando Pombão, Helinho, Chicão, Élvio, Carlão, Taulo Tapete, Derúbio, Primo Crossara, Paulo USA, Paulão Speedeiro, Bruno Sinhá e Xingu.
Campinas, Itatiaia, pegando a famosa trilha do pastel na saúda do Campus da UFG. Ali, no raiar do sol, um tanto escuro, a “bruxa do pneu furado” já se fez presente. 
Já adianto que a maldita nos acompanhou a viagem toda. A primeira bike premiada foi a do Carlão. Parada para troca rápida e registro da nossa amiga Lua que se fez belissimamente presente durante todo o pedal (tanto de dia quanto a noite): 

Mais alguns quilômetros rodados, cruzamos Santo Antônio em um terreno relativamente plano e que fez o pedal render bem, com uma média horária boa. Como haviam alguns cavalos de corrida “puro sangue” puxando, cruzamos rapidamente os primeiros 60km até chegarmos em Nova Veneza por um caminho bem conhecido entre os ciclistas de Goiânia. Antes de chegarmos lá, já me contaram o motivo da pressa de chegar: um pão com mortadela inesquecível nos aguardando em uma panificadora da cidade. Tinha gente que, de tanta pressa, passou reto numa encruzilhada, né não Auriam e Xingú?…. 
Ali, Nilsinho e eu trocamos ideia sobre a ironia desse mundão moderno. Ao mesmo tempo em que surgem cada vez mais meios de comunicação (e-mail, whatsapp, mídias sociais, etc..), as pessoas nunca estiveram tão distantes. E parece que para marcar um simples almoço com os amigos, é uma gigantesca dificuldade! Diríamos que: “As pessoas nunca estiveram virtualmente tão perto e fisicamente tão distantes”. O bom é que o Seriema, mesmo com todas tais imposições do mundo moderno, consegue quebrar vários paradigmas e continua unido e crescendo cada vez mais. 
E dá-lhe pedal pro café da manhã:

Chegamos no local e nos deliciamos com o tal pão com mortadela (que de fato estava top!). O que me chamou a atenção, foi um menininho sentado num carro estacionado de frente para a padaria. O olhar de admiração dele para aquele “bando” todo uniformizado e reunido era bonito de se ver. Dava pra perceber que ele tentava entender o que estávamos fazendo ali e para onde estávamos indo. Admiração esta, que com certeza, é algo que todo Seriema tenta passar: a constante busca por novos desafios!
Logo ali, já compramos um galão de 20 litros de água para abastecermos as garrafas. O sol ainda “morno”, já nos mostrou quais seriam os nossos maiores obstáculos da viagem: o calor e a secura do tempo. 
Depois de Nova Veneza, a paisagem deu certa mudada. Morros um tanto mais íngremes e de belíssimas paisagens, que como bem observou o Derúbio: “parece cena de filme italiano”.

Mais alguns quilômetros rodados e já sentindo o peso dos morros acima, chegamos em Damolândia. Dona bruxa continuou os “trabalhos” e fez com que o Elvão tivesse que remendar o pneu enquanto nos regávamos de muuuuuuuuuita coca-cola e nos reabastecíamos de água. 
E mais crianças nos admirando e perguntando de onde vínhamos e para onde estávamos indo:
Mais alguns quilômetros e nos deparamos com uma gigantesca descida. De novo, a dona bruxa apareceu e foi a vez do Xingu ficar na mão com um pneu furado. 
Alguns quilômetros à frente, foi aberta a temporada do Caju! Romar e Helinho, com olhos de raios X, passaram a caçar os cajuzinhos do cerrado como o Tio Patinhas caçava dinheiro (sim! todo mundo que estava nessa viagem tem idade para lembrar quem era o Tio Patinhas!)

Adiante… Petrolina! Um delicioso almoço em frente a um local de nome um tanto curioso: “Cantinho Feliz Bar”. Bucho cheio, uma leve tentativa de tirar uma soneca (se não fosse o Romar e o Auriam pentelhando todo mundo!) e pé na estrada. 
Muita troca de idéia sobre modos de se fazer garupa para bike com o experiente Chicão (que eu, Johnny Bravo, ainda não conhecida).
Ao longo do caminho, o Carlão disse que estava muito cansado. Assim, resolveu juntar uns trocados para comprar um Fiat 147 que, segundo ele, remetia a grandes lembranças dos tempos de Minas Gerais: 
Bom… o carro não funcionou muito bem. Parece que estava faltando água no radiador, óleo no motor ou algo assim. O jeito foi “muntá na bicicreta” e continuar pedalando. 
Estrada à frente, uma parada rápida em uma represa para nos refrescarmos e seguimos firme caminho adiante. Ali, o caminho já cruzava dentro de algumas propriedades, em trechos inéditos com relação à viagens anteriores. Em determinada propriedade, uma criança nos abordou. Deu gritos e pulos de alegria por estarmos passando ali. O pai da menininha, o Senhor Jozias nos convidou gentilmente para darmos uma pausa e enchermos as garrafas de água. Aceitamos o convite prontamente. 
Muito admirados pelo carinho que as pessoas sentem quando viajantes como nós cruzamos os caminhos, nos abastecemos e ainda saboreamos uma deliciosa rapadura, além de um trago de uma pinga de engenho, só botar o motor pra funcionar (total-flex). 
Dali, já na saída da fazenda, aos pés de uma grande subida, o espírito puro-sangue do Auriam já bateu forte e ele já tratou de dar uma pequena demonstração pro Derúbio de quem já andou um bocado nos tempos de antigamente….. E o Derúbio ficou foi brabo! Olá só o sorrisão de quem deu um “côro” e a brabura de quem tomou o “côro”…. 

Próximo destino e último antes de Jaraguá foi a cidade de Jesúpolis. Ali, fomos recepcionados pelo Vereador “Alesandre do Bar”, que, inclusive, já havia recepcionado o grupo em ocaxião anterior. Foi quase uma festa ao sentarmos na praça principal para tomarmos “repositores energéticos de altíssimo rendimento” (leia-se: cerveja e coca cola!), além de, claro, enchermos as caramanholas de água novamente.

A partir dali, o horário já começou a nos preocupar um pouco. Passava das 4 da tarde e ainda havia bastante chão para percorrermos. Ali, o tempo excessivamente seco de muito calor mostrou sua força. Todos começaram a sentir o cansaço do dia. As subidas foram ficando doídas e as assaduras começaram a mostrar seu peso. 

Pneu do Carlão furado novamente. 
O sol se punha do lado oposto ao da belíssima serra de Jaraguá, mostrando que estávamos chegando no destino do primeiro dia.

Encontramos com a animadíssima galera sob o comando do caríssimo Osvaldino.

E eis aqui a foto que revela nossa “recompensa” do dia:

Deste momento em diante, já ligamos os faróis e sinalizadores. Tivemos que andar com muito cuidado por conta do grande tráfego de carros e caminhões pesados. 
Juntamo-nos e fomos juntos com a galera do Osvaldino. 
Em determinada hora, quando nos aproximávamos do asfalto, ouviu-se diversas marchas estralando e dois corpos voando baixo estrada adentro: Eram o Romar e Auriam loucos indo firmes para a chegadinha! E para o delírio da galera, o Romar venceu! E venceu no terreno do Auriam. E o Auriam ficou muito brabo!
Juntamos o grupo e adentramos Jaraguá, rumo ao nosso hotel, numa chegada triunfal como sempre fazemos. O cansaço estava muito evidente, afinal de contas, foram mais de 150km em mais de 15 horas nas estradas (somando-se as horas paradas e pedaladas). O nosso “pôpô” já chorava bastante por ficarmos tanto tempo em cima das magrelas. Como bem ofereceu o mercenário do P.USA: “Tenho Hipoglós aqui: é dez real a dedada!”
Fomos prontamente recepcionados pela família do Auriam. Apareceram com uma caixa de “verdinhas” cuidadosamente armazenadas em muito gelo. TOP!!!!

No hotel, já tratamos logo de nos acomodarmos. Foram separadas duplas para ficar nos quartos. Os primeiros a tomar banho, foram agraciados com água quente. Já quem tomou banho depois, se ferrou! A energia acabou e todos tiveram que tomar banho frio. E eu digo: teve gente que quase ficou sem tomar banho…. rsrsr
Depois de nos acomodarmos, partimos (a pé, porque não queríamos ver bicicleta nem se tivesse pintada de ouro!) para a recepção tooop de linha da galera do Osvaldino. Um verdadeiro banquete de reis, com uma lasanha que ficará na memória de todos bravos viajantes. Linda de se ver a recepção. Ótimas trocas de energia entre todos e a contabilização da presepada do dia.

Jantar este, acompanhado do famoso doce de coco da “Marci-ana”, que terminou de fechar com chave de ouro o banquete! 
Foi difícil até de voltar pra casa caminhando….
Destaque para a performace do Élvio Jão e do Romar imitando o Fernando Pombão!!! kKkkk

Segundo dia:



5:20 da matina. O chato do Nilsinho sai ligando pra todo mundo pra acordar a galera. Uns mais mortos que os outros, mas todos de pé para todos irmos à padaria comer pão com mortadela, queijo e ovo. TOOOP!!!!! 
Todos do grupo com a companhia do Osvaldino e mais três amigos. 
Parada dos menos apressadinhos para uma fotografia na saída da cidade e…. #partiu

Já inicio dizendo que me arrependi de ter visto antecipadamente a altimetria do segundo dia. Ela dava muito medo! E de fato a presepada se confirmou. Ao fundo do início do pedal, já avistamos uma gigantesca serra que não dava chance nenhuma de desviarmos dela. E eis aqui que rendeu, para mim, uma das fotos mais bonita do segundo dia:

Parada do Romar e do Élvio para mais cajuzinho. Deixaram as bikes encostadas na cerca. Nessa “bobeada”, o Romar teve a bicicleta roubada! SIM! E o ladrão era ninguém menos que o Carlão que pedalou em fuga com o produto do roubo! E foi tudo fotografado!!!! O Helin bem que tentou roubar a bike do Élvio, mas tomou uma varada de bambu no “pédoreia” que o fez partir em fuga sem o produto.

Depois do início de estradão liso, chegamos aos pés da serra. E a coisa ficou feia. Paulão Speedeiro, até então acostumado com as subidinhas “facinhas” do asfalto, “piou fino” na subida de cascalho solto:

Lá no alto, adentramos em uma belíssima plantação de eucaliptos, composta de uma estrada louquíssima, que estava totalmente coberta pelas folhas. Quase uma cena de filme. Ali já era quase o meio da manhã. 

Depois de mais um trecho dentro da plantação, entramos em uma estrada bem mais “judiada”, composta por trechos muito sinuosos e que demonstraram que, dali para frente, a coisa ficaria ainda mais feia. O sol e a secura do tempo já nos castigavam. A cada 15 minutos, dávamos leves goles nas águas. E sabíamos que este segundo dia, por estarmos em uma região bem mais erma, ficaríamos com pouquíssimos pontos de apoio. 
E já fica aqui a admiração e agradecimentos à uma das lendas do Seriema: André Perfect XTR do Cerrado, que sempre, muito cuidadosamente, planeja, nos guia e leva a locais como esse aqui da foto, que são quase impossíveis de se descrever em palavras:

E neste momento, paramos para baixar a cabeça e refletir. Quase que tentando nos ajoelhar em frente à natureza em sinal de respeito ao que ela nos reservara para encararmos ao longo do dia. 
Muito infelizmente, tivemos duas baixas dos amigos que, com extrema humildade, disseram que estavam impossibilitados de continuarem. O coração do bando apertou….mas de fato, o melhor era que chegassem ao destino junto com o resgate. Ali, na separação de alguns do bando, foi duro de ver cada um em seu silêncio interior… todos dominados pelo “preço” cobrado pela natureza para que se consiga desfrutar de experiências como aquelas. 
Continuamos em frente. 

No momento em que tirei a fotografia desta linda árvore, paramos (mais uma vez) para nos abastecermos de água em uma casa bem “surrada”. 
Como a porteira estava fechada, deixamos as bikes na parte de fora do quintal e adentramos caminhando até encontrarmos com o morador. Carrego minha câmera num “mini alforge” que fica no quadro da bike e ela acabou ficando na bike mesmo. Não a levei comigo para a casa. Chegando perto da residência, dava para reparar que ela era relativamente grande e bem construída. Porém, era muito evidente que aquele morador dali e sua família (consegui ver uma mulher que me pareceu ser a esposa e mais duas menininhas lindas e bem sujinhas pela poeira intensa dessa época do ano) deviam ser “meros” trabalhadores da propriedade, até porque, uma belíssimo corredor lateral, evidenciava que o “senhorio” da propriedade devia morar mais em baixo. Era bem óbvio e de saltar os olhos a vida sofrida daquela família. A ausência de móveis da casa e a carência de vestimentas evidenciava que eles ocupavam aquela residência que, na verdade não era deles (a menininha mais nova, inclusive, estava nua). Não havia nem brinquedos espalhados no quintal, como comumente se observa em casas de roça com crianças. Acabei sendo o último a encher as caramanholas e, por isso, fiquei sozinho na presença da família. Reparei que a esposa nos observava com um olhar longínquo escorada no portal. O homem da família, me observava atentamente e parecia estar com a garganta engasgada com medo de me fazer a clássica pergunta: “de onde vêm, para onde vão?”. Decidi cortar o silêncio. Elogiei as belíssimas crianças que ele tinha e perguntei se Goianésia estava muito adiante. Na quebra do silêncio, a criancinha lançou um gigantesco sorriso. Começou a sorrir e a cantarolar. Fez inúmeras graças e sorriu bastante. Como alguém que estava verdadeiramente muito feliz de ver aqueles caras esquisitões de roupa engraçada e capacete entrando por ali. E isso me tocou. Me tocou o fato da felicidade dela não estar em ver aquelas bicicletas caras e invocadas (nossas conquistas materiais). Me tocou pois me veio um sentimento de culpa de ver grande parte da humanidade tão sedenta por dinheiro e poder, se esquecendo que a felicidade da vida está, de fato, nas coisas mais simples da vida. Ali, agradeci imensamente pela oportunidade de estar, mais uma vez, com a galera em toda a presepada. Se a viagem tivesse acabado ali, para mim, já teria valido a pena. Lição dada. Lição aprendida. Infelizmente não estava com a câmera para poder registrar a família. Mas é uma cena que levarei para a vida toda.
Continuando….
Mais alguns pneus furados. 
Ao final de uma descida íngreme, composta de cascalho extremamente solto, alguns de nós quase cai mas por sorte, se mantém na bike. Sorte essa, que infelizmente não contemplou o grande Osvaldino que vai ao chão, batendo a cabeça com força no cascalho. Na queda, a suspensão acaba pressionando e partindo o cabo do freio traseiro fazendo com que ele fosse para o espaço. Todos ficaram muito preocupados com o tombo.

O dilema: continuar ou voltar? 
O espírito “aventureiro” e de raça do Osvaldino falou mais alto: “-Eu vou em frente”, disse ele num um tom tão firme, que não deixou nenhuma margem para contestação.

Seguimos firmes em frente. 
Cruzamos o belíssimo Rio do Peixe. E não teve jeito. Paramos para nos deliciarmos com aquela bênção. 

Depois dali, a pedalada ficou ainda mais pesada. Tanto pelo cansaço quanto pelos inúmeros pés de caju que insistiam em aparecer cada vez mais convidativos, carregados na forma que só o cerrado sabe oferecer!

E o percurso ainda continuou muito duro! Em determinado momento, passamos por uma propriedade e paramos para encher (mais uma vez) as caramanholas. Questionados de onde vínhamos e qual o nosso destino, a resposta veio súbita: 
“CÊ BESTA SÔ!”

E foi assim até que chegamos a um balneário, encontrando com um grande amigo do bando: Maradona. Lá, tomamos muuuuitos litros de Coca-Cola e trocamos muita ideia. Ali, achávamos que ainda faltavam (intermináveis) 20km para chegar. O Maradona logo falou: “Tenho duas notícias: uma boa e uma ruim. A boa é que não faltam 20km. Deve faltar uns 10km , no máximo. A notícia ruim, é que é só subindo… e muito!”
Não sei até onde gostei de ouvir isso…. mas vamos lá….
Peço licença para registrar aqui:
Depois do pau que o Auriam tomou no dia anterior do Romar, o P.USA passou o dia pegando no pé dele. O Auriam (que conhecia muito bem o tal finalzinho da subida íngreme) acabou embrabecendo com o P.USA e desafiou: “Tu tá falando do Romar, mas e tu? Bora ali resolver ali eu e ocê?”. E estava lançado o desafio! 
Era final de viagem, todos já mortos. O P.USA, achando que ainda restava gás suficiente, “inocentemente” aceitou o desafio (sem saber que o Auriam – SEMPRE! – tem carta na manga guardada para os finais de viagem). 
E não deu outra…. primeiro lance da subida, o Auriam fez o que ainda sabe fazer dos anos de experiência: deixou o P.USA subir na frente… forte e achando que o “veinho” ia sobrar…. e ficou ali guardadinho na roda do P.USA…..e esperou…. e esperou….. até que chegaram ao primeiro alívio da subida… o “veinho” não tinha sobrado. Ali, Auriam usou o que tinha e o que não tinha e deu aquela paulada na cabeça do P.USA! E a coisa foi feia! Botou na frente e moeu. No final da subida, com o P.USA já com a cabeça tortinha, Auriam deu mais uma pancada e manteve-se na frente, até a entrada da fazenda. (Eu, que estava esperando lá, não entendi por que ele chegou alucinado, quase passando reto da entrada… kkkk)
Daquele momento em diante, não se ouviu mais nenhuma palavra do P.USA…. rsrsrs
Finalizando…
Todos juntos e prontos para um belíííííssimo almoço de frente a um belíííííssimo lago e com direito à banho de piscina e conto dos causos da viagem. 
Muitos agradecimentos e uma belíssima oração feita por todos agradecendo por termos vencido mais este desafio!
E Resumindo: foi TOP! Como sempre é! 

Agradecimentos especiais àqueles que nos acolheram tão bem em toda a viagem, sejam eles os moradores por onde passamos, sejam eles nossos parentes e amigos. Especialmente nas pessoas da família do Osvaldino, do Auriam e do Fernando Pombão. 

Alguns dados da trip:
-228 quilômetros percorridos (150 km no primeiro dia e 78 no segundo)
-3.076 metros de ascensão (sendo 1.811 no primeiro dia e 1.265 no segundo dia, mostrando que o segundo dia, de fato, subiu bem mais que o primeiro)
Mais uma vez, peço desculpas pela delonga do texto.
E até a próxima latada!…… digo… cicloviagem!!!!
Por Gustavo Johny Bravo (Mudinho)
Seriema Pedal Roots!
Fun pedaling on Campos Dourados

Engraçado como a Serra anda congestionada por estes dias…

Divertir pedalando é um dos grandes prazeres que este esporte proporciona!!!
Pedalar forte, ritimado, buscando resultados, traz uma adrenalina legal, mas fazer uma trilha root’s, curtindo a natureza única do cerrado, dropando nossas “ondas” – as pirambeiras da Serra das Areias, na região do Campos Dourados – não tem nada que se iguale!!

Por mais que tentemos passar a grandiosidade desta trilha, em fotos ou vídeos, só mesmo conhecendo o local é que você irá entender o que digo…