CICLOVIAGEM GOIÂNIA – PIRENÓPOLIS – GOIANÉSIA 2020

Viajar de bike é muito mais que transpor uma distância.
É oportunidade de conhecer, se conhecer, relaxar a alma e cansar o corpo, é também momento de interação com aqueles que você confia.

Entre viagens individuais, em duplas ou em grupo, já somamos em torno de 40 experiências diferentes. Mesmo aquelas em que repetimos percursos conhecidos, sempre será uma nova viagem.

Assim aconteceu nessa nossa última empreita: GOIÂNIA A GOIANÉSIA, com pouso em Pirenópolis. Como rendeu causos viu…

 

Esse percurso já fizemos umas 3 vezes, sendo a parte até Pirenópolis aquela conhecida por quase todos ciclistas da grande Goiânia.

Saída como de costume, um pouco depois das 05:00 da madruga (Seriemas de Senador Canedo deram aquela famosa atrasadinha).  Na véspera tivemos a primeira baixa na trupe, Bruno Sinhá teve que abortar devido problemas na coluna. Já quase na largada o nosso campeão, Derubio foi dominado pelas cobertas. Segundo ele foi “outros motivos”, mas há quem diga que a garoa que caia quase no amanhecer foi mais forte que ele.  Outros ainda falaram que Dandara foi mais dura que a subida da Serra do Rio do Rastro…  Nunca saberemos ao certo!

Após o briefing com oração puxada pelo Carlos Freitas, iniciamos a jornada, já com aqueles primeiros sinais do raiar do dia.  Bloco unido até próximo da Fazenda Amaralina, onde pouco depois tem aquela subidinha danadinha antes de Nerópolis.  Logo ouvimos o desclipar de um pé, alguém fala:
“O que?? Me chamou??”… pronto!  Inicio do Momento Protesto do dia.

 

 

Café da manhã em Nerópolis. Panificadora Goiás com aquele reforço top e atendimento rápido.

Seguimos…

Quando colocamos novamente os pneus na terra, ouvimos um gritinho, “Chupa Nerópolis!”. Era Romar, fazendo menção à última vez dessa empreita, em 2018, onde ele passou por algumas complicações – história pra uma outra oportunidade. Vibramos com ele e um certo alívio pairou no Bando.  Daí em diante, Romar volta a ser o velho conhecido de sempre.

Pra comprovar isso, alguns metros à frente o debutante em cicloviagens, Paulo Henrique, até então conhecido como P.H. ou Mudinho Canedo, sugere uma foto com a galera, com sorriso largo no rosto abaixo dos óculos que fazem alguém lembrar de Mathieu van der Poel, mas… Romar solta a primeira: – Van Der Toco… E assim Paulo Henrique foi batizado no Bando.

Esse final de semana também foi pra reforçar apelidos e de surgir novos.

Formamos o pelotão e avalanche até Campo Limpo. Subida do Tatu nos aguarda. 

 

 

 

Daí até Interlândia aquele chuvisqueiro forte nos fez companhia e tome-lhe lama!!

Almoço, reposição de água e simbora!

 

 

Aqui foi local de outra tirada, desta vez de Paulo Tapete.
Renato Ornelas, contando uma história pro Wendel Negão, bem do lado, mas com um volume que Tapete não deixou passar em branco a cena:

– Renato, ta falando ao lado de uma cachoeira??

Pronto:  Renato Cachoeira.

 

Primo Crossara, que também teve impedimentos pra nos acompanhar no 1º dia da latada, passou por  Interlândia pra nos ver, mas de dentro do carro fica fácil né.

Voltamos pro estradão e pra lama, com o detalhe do vento forte e frio por uma grande parte da tarde.

 

 

 

Finalizando essa primeira parte, chegamos em Pirenópolis com tranquilidade, sem chuva e um por do sol incrivel nos recebendo. Brindamos na entrada, coisa rápida.

 

 

Como já tem se tornado de costume, fomos recepcionados de forma única na casa do Mandiocão, Arley Vieira e Clô Peixoto, com apoio de nosso Elvio Vasconcelos. Essa casa ja se tornou nosso Ninho em Piri.  Vibe sempre pra cima!

Festa “das mió”, com farta comida e ragnen rolando. Música boa e falando sobre o dia até mais tarde… nem parecia que teríamos mais duros 90 km no outro dia.

 

Beavis and Buthead

 

 

 

 

Não se pode confiar em quem não bebe ragnen.

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Domingo, 2º dia de trip!

Madrugada como?  Garoa braba, daquelas de molhar bobo.

Já tinha caboco engolindo choro…

Como de praxe, nosso café da manhã foi na Panificadora Patrícia, espaço aberto mais cedo somente pra nós, afim de ficarmos mais a vontade e não tumultuar também pros clientes da Panificadora.
Primo Crossara apareceu então pra nos acompanhar. Desta vez, pedalando!

 

Bora subir, Frota nos aguarda.

Frota, Preguiça,  Araras, parte final do Várzea do Lobo, Capela do Rio do Peixe até Lagolândia.   Parte com mais trechos técnicos dessa segunda parte da viagem. 
Clima favorável pra curtir o visual e rir dos causos.
Pra não perder o costume, teve os momentos protestos novamente.
 
 

Como aconteceu em todo o 1° dia, Romar continuava deixando todos surpresos.  Não atoa recebeu apelido de Blogueirinho.  A todo momento sacava o celular pra fazer fotos e vídeos e acreditem,  inúmeras selfies!! É verdade, Romar fazendo selfies!!

Sem falar que ele sorria a todo momento.  Achamos que ele ja atingiu a cota de risos-Romar pra 2021.

Esse 2020 ta estranho mesmo viu.

Se você não sabe identificar um sorriso, fica na sua!

Mais um momento “Quem perdoa é Deus“:

Nesse ponto da foto do Romar, P.H. Van Der Toco, comenta novamente sobre um ajuste (leia-se gambiarra) que fez na roda, pra parar vazamento de ar e líquido. Quando então William India-Man rebate:

– Calma gente, ele falou individualmente ontem e agora esta falando pra o grupo todo.

Segue viagem.

Ao passarmos na parte final do percurso da Várzea do Lobo, do nada, resolvemos brincar de tentar zerar uma pequena subida, íngrime e escorregadia. Coisa mais sem noção por parte desse povo, afinal mal tínhamos rodado 20% do planejado pro dia. Ficou um tal de sobe, pôe pe´no chão, volta. Tenta outra vez, vai e volta.  Alguns nessa peleja e outros parados observando e dando aquela famosa ajuda psicológica…  irrhuuulllrrrrrr.

Rafael Danke então solta a voz (algo extremamente raro de acontecer):

Agora entendo porque as cicloviagens do Seriema sempre demoram a chegar...

Curtição rolou solta nessa região. Single tracks, sobe e desce que deixaram mais divertido a pedalada por ali.

Pouco mais à frente, enquanto o grupo esperava uma procissão de uns amigos atrás, afim de vencer uma dura subida, Carlão Freitas interveio num caloroso embate entre Renato Cachoeira e Vitim Mandioca (Claudinho & Buchecha), pois esses dois sempre rendem boas histórias:

– Danke vai ministrar palestra sobre Como Falar Extritamente o Necessário. 

Pronto, mais uma polêmica.

Logo à frente estavamos novamente em Capela do Rio do Peixe.

Parada tradicional para hidratação e balangar o beiço com o que tivesse por ali, no Boteco da Cleide.

 

Conversa vai e vem, tentamos fazer Cleide relembrar outras passadas que tivemos por ali, mas ela não se recordava, quando então Fernando Pombão mencionou de um amigo que pegou transporte dali para Goianésia, em outra vez, aí sim ela se lembrou.  Não vamos citar nomes porque não tem nada a ver isso agora.

Dona Cleide distraiu um pouco em conversa com sua prima que passava e a convidou para almoço, nós passamos a observar, pois a palavra almoço soou mais forte naquele momento. Até mais alto que Renato Cachoeira debatendo com Mandioca. Quando então a prima fala, – Aparece lá pra gente comer um churrasco!

Então o Fernando Boca de Lata da o berro:

Eu vou!

Deu-se então a sequência de uns 15 “vou também“…  A prima ficou meio roxa, vermelha, perdeu o rumo da prosa e acelerou o tamanco rua acima.

Após remendo no pneu do Helinho Filó, partimos de Capela Do Xingú rumo a Lagolândia, ultima vila no nosso percurso até o final.  

 

Água, ok.
Picolé, ok.
Sapatilha de Vander Toco molhada, ok.
Mais uma polêmica, ok!

Enfim, último e um pouco menos divertido trecho da cicloviagem. Várias e longas subidas em boa parte de estradão.

A coisa foi fluindo normal, cada um na sua tocada, alguns já sentido o tempo no selin, outros curtindo o visual e outros buscando “kom”.

Quando pensávamos que logo, alguns quilômetros à frente, estaríamos de boa na chácara Brasil, eis que percebemos que Helinho tinha sumido.

Algumas horas antes, parece que bateu a cisma nele e passou a ficar sempre um pouco à frente do grupo, seja nas paradas ou mesmo enquanto rolava o pedal.  Já não parecia com interesse nas prosas.

No ponto onde iríamos sair da estrada batida, que liga Lagolândia à Vila Propício, e entrar em trechos sem muita circulação, o homem foi “esperar” o grupo alguns tantos de metros pra frente, sem avisar ninguém antes.  Entramos no atalho e seguimos. Não sabíamos onde ele estaria e não tinha muita coisa a fazer, uma vez que ali não tem sinal de celular.  A idéia passou a ser de após chegar na chácara iríamos providenciar resgate ou mesmo que ele, após topar na Vila Propício, iria pegar o caminho a Goianésia.

Seguimos.
Última subidas, últimas paisagens a aproveitar. Grupo deu aquela famosa alongada no pelotão, já mirando a linha de chegada.
Na última “esquina”, todos parados à espera de todos do Bando para entrarmos juntos na chácara Brasil.

 

Missão cumprida!!

Weldes Zóião nos recebeu com hidratação gelada e farta!

Familiares e amigos nos receberam com enorme carinho e vibração. Daí em diante foi festa!!!

 

 

Ei…
Não esquecemos de Helinho.
Fernando e seu cunhado se dividiram em dois carros e saíram.
Poucos minutos depois o danadinho do cismado chega.  Fez o que imaginamos. Deu tudo certo no final.  Um poco mais de história pra noite.

Marcio Ravelli & Gary Fisher, abrilhantando nossa festa.

 

Enfim, mais uma cicloviagem ao estilo Seriema.
Respeitando as diferenças, curtindo a oportunidade, reforçando os laços de amizades, off road & autônoma!

“Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo.”
– Provérbio africano

Se quer ir se divertindo, vá com Seriema Pedal!!

Aahhh…
Teve vários outros causos:
– “Frédão” tatuado no peito do William.
– Arte em 3D deixada no caminho por um.
– Filó saindo de bike à noite em Piri, pra ajeitar matinho pra “aliviar”, só pra não perfumar o quarto da pensão.
– Arte estilo Urutau, deixada pelo Blogueirinho, em algum lugar do 1º dia.
– Caboco querendo saber que horas a turma que nos recepcionou iriam embora, pra poder dormir (detalhe, isso +/- às 20:00).
– Pombão que demorava com o café da manhã no pós festa, obrigou alguns valentes a abrir o bar às 06:30 de segunda feira.
– Barraca detonada pelo casal Blogueirinho & India-Man.

Isso e muito mais, você pode pegar detalhes quando topar com essa turma.

 

 

Nossos agradecimentos aos amigos e familiares que nos receberam nesses dois dias de latada e que também colaboraram no retorno.
Arquivos não estão em ordem cronológica.
Fotos do acervo Seriema:
By: Helinho, Fernando Pimenta, Fernando Lopes. Paulo Henrique, Paulo Tapete, Primo Crossara, Nilson Braz, Romar Bike, Renato Ornelas